segunda-feira, 24 de abril de 2017

SINCRONICIDADE (crônica)




SINCRONICIDADE


Essa é uma história verídica, sei que para alguns vai parecer mentira, mas não é.

Na sincronicidade que move o universo, recebi da natureza a resposta imediata mais impressionante da minha vida. Tanto é, que até hoje me arrepio quando lembro desse fato.

Eu era adolescente, estava passando as férias de verão na casa de praia da minha tia, no Balneário de Ponta da Fruta, Vila Velha/ES. Ao lado da casa havia uma castanheira e num dos seus galhos, havia um ninho de passarinho.

Era final de tarde, meu pai havia parado o carro bem debaixo do galho da castanheira em que estava o ninho. Eu estava escutando músicas dentro do carro, sentada no banco do motorista. Então, começou a tocar na rádio a música “Dona”, um sucesso da época, interpretada pela banda Roupa Nova.

Eu estava cantando e, pela primeira vez, prestando atenção na letra da música, até que chegou na parte que dizia: “... entre a cobra e o passarinho, entre a pomba e o gavião, ou seu ódio ou seu carinho nos carregam pela mão...”.


Daí, eu me perguntei: O que quer dizer “entre a cobra e o passarinho, entre a pomba e o gavião”?

No instante em que acabei de me perguntar, caiu um filhote de passarinho no capo  do carro, bem na minha frente. Tomei um susto, ele parecia atordoado. Inclinei o corpo para perto do volante e olhei para cima, onde estava o ninho, sobre o carro. Então, fiquei chocada, ao ver que havia uma cobra pendurada no galho da árvore, com um outro filhote de passarinho na boca. Saí do carro correndo e gritando.

Minha pergunta havia sido respondida da forma mais surpreendente possível: “Entre a cobra e o passarinho entre e pomba e o gavião”, quer dizer que a natureza pode ser tão bela quanto brutal.   




Quer saber mais sobre a sincronicidade? Acesse o link abaixo.  https://pt.wikipedia.org/wiki/Sincronicidade

quarta-feira, 1 de março de 2017

A TARTARUGUINHA (tanka)



Muito feliz com esse trabalho em parceria com o fotógrafo 
Léo Merçon, idealizador do Instituto Últimos Refúgios.

http://www.ultimosrefugios.org.br/


quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

CANÇÃO DE DEZEMBRO (a Ferreira Gullar)



Escrevi esse poema no dia do falecimento desse grande poeta. Esse era o dia do Sarau  Domingo Poético na Academia de Letras de Vila Velha, que sempre ocorre no primeiro domingo de cada mês. Eu queria fazer uma homenagem a Ferreira Gullar e levei alguns poemas dele. Mas também queria algo especial, e acabei escrevendo o poema enquanto transcorria o sarau. Quando fui chamada para declamar, já estava finalizado.