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Blog destinado a divulgar o trabalho literário e musical da cantora, compositora e poeta Andra Valladares, além de informações culturais, especialmente sobre música e poesia.
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
GORJEIOS
GORJEIOS
Cantar, cantar...
Sem amarras...
O tempo não tarda
e a morte não poupa
nem os passarinhos e as cigarras.
(Andra Valladares)
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
O PRIMEIRO E O ÚLTIMO NATAL
O PRIMEIRO E O
ÚLTIMO NATAL
Como preconiza o dito popular, “a vida é uma caixinha de surpresas”; às
vezes somos agraciados com acontecimentos que nos fazem imensamente felizes e
noutras oportunidades o mundo simplesmente parece estar desabando sobre nossas
cabeças. Esse é o tema da minha mensagem de natal: “APROVEITE O DIA DE HOJE!”
O Natal de 2006 foi muito especial para mim, a família
estava reunida na casa dos meus pais, depois de um ano bom para todos. Eu,
grávida, “desfilava” com meu barrigão de sete meses, já
sonhando com o natal de 2007, quando, então, meu filho já seria um bebê com
nove meses de idade e estaria sorrindo, brincando e comemorando seu primeiro
natal para completa felicidade de todos nós...
Por ironia do destino, pensava no meu filho, mas
não prestei muita atenção no meu pai, que era avesso a aparecer nas fotografias
e que apenas se encarregava de tirá-las, documentando para a posteridade os momentos especiais... E ele acabou não saindo em nenhuma foto.
Meu pai era uma pessoa muito ativa, tinha 59 anos de idade,
havia aposentado há três anos. Era um
pai extremamente prestativo e cuidadoso. Sempre demonstrava preocupação quando
qualquer pessoa da família estava com algum problema de saúde, ocasião em que
nos inquiria se havíamos consultado algum médico e se estávamos tomando os
remédios prescritos. Para qualquer problema de saúde ele sempre tinha uma
receita caseira, um remédio natural, que nos oferecia para ajudar a "curar
mais rápido" a doença ou o mal estar.
Contudo, apesar de sua preocupação conosco, meu pai
foi negligente com a própria saúde. No dia 19 de julho ele acordou bem, passou
a manhã normalmente, almoçou, e depois, sentiu-se mal. Incrivelmente, não
chamou ninguém para ajudá-lo e foi dirigindo, sozinho, para o hospital mais
próximo, que ficava a cinco minutos de sua casa. Chegando lá, os médicos
constataram que ele havia sofrido um infarto. Ele foi medicado e a enfermeira
ligou para meu irmão, que foi rapidamente para o hospital e deu a notícia para o
restante da família. O quadro clínico parecia estável, ele estava consciente e
conversou com meu irmão, meu outro irmão também chegou e conversou com ele. Contudo, quando eu e minha mãe chegamos ao hospital
ele havia acabado de sofrer outro infarto com parada cardíaca.
Por mais de duas horas presenciamos o corre-corre dos médicos e enfermeiros, escutamos o ranger da maca enquanto faziam as massagens cardíacas e o som angustiante do desfibrilador sendo aplicado inúmeras vezes... E depois daqueles intermináveis momentos de angústia e sofrimento, nossas esperanças foram estraçalhadas ao recebermos a notícia de que meu pai falecera, inesperadamente, naquele dia 19 de julho de 2007, um dia completamente normal, que parecia ter começado como outro qualquer...
O Natal de 2006 foi o último que meu pai passou
conosco. Obviamente, nem ele e nem ninguém da família supunha que essa tragédia iria
acontecer. Seu falecimento ocorreu em uma quinta-feira e descobrimos que havia marcado
exames cardiológicos para a segunda-feira seguinte. Certamente ele já devia
estar sentindo algum mal estar, mas não contou isso para ninguém e o destino não lhe concedeu mais alguns dias
para descobrir que estava com um grave problema cardíaco.
O natal de 2007 foi o primeiro natal do meu filho, que
perdeu seu avô quando tinha apenas cinco meses. Não foi o natal tão feliz com
qual eu sonhara, pois também foi o primeiro natal que passei sem meu pai.
Portanto, mesmo com toda a doçura que a presença do meu filho me proporcionou, também senti
grande amargura pela falta do meu pai.
Felizmente, eu não tinha nenhum problema de
relacionamento com meu pai, portanto, apesar da imensa dor da perda, não carrego
comigo nenhum remorso. Contudo, muitas pessoas têm problemas de relacionamento
com os pais ou com filhos ou outras pessoas da família e muitas das vezes esses
problemas nem são tão graves assim.
Às vezes por pequenas diferenças de personalidade
ou falta de um pouco de tolerância, tais problemas acabam estragando um
relacionamento que poderia ser sadio e trazer felicidade para todos.
Meu
conselho para quem estiver lendo esse texto é que deixe de lado todas as
bobagens e rusgas inúteis, pense sempre em APROVEITAR O DIA DE HOJE - o
presente.
Portanto PRESTE ATENÇÃO tanto nas pessoas ao seu
redor, quanto em si próprio(a). CUIDE da sua saúde, pois se você morrer, certamente causará muito sofrimento às pessoas lhe amam.
Ninguém sabe onde, como e quando seus dias irão acabar, ou quando alguém de sua família partirá. Portanto,
aproveite o espírito natalino para varrer de vez com as briguinhas fúteis e também apaziguar os ânimos nos desentendimentos mais sérios.
A VIDA é um PRESENTE maravilhoso e único. Portanto, tenha mais tolerância, abra seu coração para o amor, estenda a mão e certamente a pessoa mais feliz será você!
A VIDA é um PRESENTE maravilhoso e único. Portanto, tenha mais tolerância, abra seu coração para o amor, estenda a mão e certamente a pessoa mais feliz será você!
Boas Festas!
domingo, 16 de dezembro de 2012
FIM DO MUNDO?
Minha crônica, escrita e postada no dia 1º do corrente mês, foi publicada neste sábado 15/12/2012, no CADERNO PENSAR do jornal A Gazeta (Vitória/ES). Adorei a ilustração, super criativa!.
sábado, 1 de dezembro de 2012
FIM DO MUNDO ?
FIM DO MUNDO?
Eis que nos aproximamos perigosamente do dia 21
de dezembro de 2012, último dia do Calendário Maia, o que para alguns significa
o prenúncio do fim dos tempos.
As previsões de catástrofes são as mais variadas,
alguns dizem que um tal “Planeta X”, quatro vezes maior que a Terra, estaria em
rota de colisão conosco. No entanto, não existe nenhuma evidência de que tal
fato esteja ocorrendo.
Outros dizem que uma “tempestade solar” causaria o
estrago. Contudo, não há nenhuma previsão para tal ocorrência neste mês,
sendo certo que no mês de março deste ano tivemos uma tempestade solar que em
praticamente nada nos importunou.
Outros dizem que haveria o tal “alinhamento dos
planetas” que geraria uma mudança catastrófica nas marés, mas isso foi
desmentido pelos cientistas.
A última teoria
do fim do mundo pode até acontecer, trata-se da “inversão nos pólos magnéticos
do planeta” mas, caso ocorra, levará algumas centenas de milhões de anos...
Em suma, os alarmistas querem de qualquer maneira
decretar nosso fim e catástrofes grandiosas, cinematográficas, dão muito IBOPE.
Então, andaram espalhando por aí que “algo” acontecerá neste mês de dezembro
que causará a extinção em massa no nosso planeta.
Entretanto, ainda não será desta vez... Não creio que nosso fim será assim tão certo e rápido. Estamos sim a caminho do fim do mundo, por atos pequenos que já nem percebemos e com os quais não nos preocupamos. Atos individuais que praticamos diariamente, uma "torturazinha" aqui e outra ali contra a natureza, tão subjugada à nossa exploração e uso.
A mãe-natureza que nos primórdios da humanidade já foi DEUSA, cultuada e valorizada, hoje é ESCRAVA, usada, abusada, comprada, vendida, violentada, torturada, espancada...
Sim, vítima de violência praticada por todos nós, seres humanos "evoluídos", sem excluir ninguém... Contra ela são cometidas bilhões e bilhões de violências diárias e não seremos nós que pagaremos essa "conta" incalculável que cada dia se torna um número tão alto que nem podemos imaginar. Deixaremos essa "continha" como HERANÇA às gerações futuras: UM MUNDO IMUNDO, PODRE, POBRE, FINDO.
Gostaria que todos vissem e ouvissem, ainda este ano, época em que já podemos começar a agir, UM ÍNDIO. Aquele índio da música de Caetano, que descerá das estrelas para nos mostrar tudo que já sabemos, mas nos recusamos a enxergar - o ÓBVIO.
Que seja o ano de 2012 o fim de um ciclo de destruição e morte lenta do planeta e o início de uma NOVA ERA que faça renascer das cinzas o ÍNDIO que mora em cada um de nós.
Andra Valladares
01/12/2012
domingo, 25 de novembro de 2012
CANÇÃO DO DIA CINZA
CANÇÃO DO DIA CINZA
Olha, já raiou o dia
e a chuva cai,
o céu não azulou...
Sinta, nesta manhã fria,
toda nostalgia
que Deus nos mostrou.
Veja, ainda há beleza
quando a natureza
parece chorar.
Cada gota traz bonança
e a esperança
de um pleno brotar!
Assim também é o amor,
num dia azul, no outro cinza...
Mas não vá embora ainda
há tanto pra colher,
no encanto a florescer.
(Andra
Valladares)
(uma canção inspirada na manhã deste dia chuvoso de 25/11/2012)
domingo, 14 de outubro de 2012
POEMAS INFANTO-JUVENIS
Amigos,
Em homenagem ao DIA DAS CRIANÇAS, o editor do CADERNO PENSAR (Jornal A GAZETA) publicou ontem (13/10/2012), alguns poemas infanto-juvenis de minha autoria na Coluna POESIA.
Aproveito para divulgar a AGENDA DA SEMANA:
Em homenagem ao DIA DAS CRIANÇAS, o editor do CADERNO PENSAR (Jornal A GAZETA) publicou ontem (13/10/2012), alguns poemas infanto-juvenis de minha autoria na Coluna POESIA.
Aproveito para divulgar a AGENDA DA SEMANA:
15/10 - 2ª FEIRA (20 ÀS 22H) - ESTAREI COM O VOZES DA
VILA GRUPO LÍTERO-MUSICAL, NO PROGRAMA
DE ENTREVISTA "COMÉDIA A LA CARTE", RÁDIO CIDADE 97,7 FM. http://radiocidade.uvv.br/
16/10 E 17/10 - FEIRA DO LIVRO DO SHOPPING PRAIA DA
COSTA CONTANDO HISTÓRIAS, INTERPRETANDO
POESIAS E CANTANDO PARA AS CRIANÇAS, NOS SEGUINTES HORÁRIOS:
16/10 (3ª FEIRA) DE 18 ÀS 20H
17/10 (4ª FEIRA) DE 14 ÀS 16H
20/10 - SÁBADO - ÀS 19 HORAS - COM O GRUPO CANTAVERSOS
REALIZAREI UM SHOW PARA O PÚBLICO INFANTIL NA FEIRA DO LIVRO DO SHOPPING PRAIA
DA COSTA.
sábado, 22 de setembro de 2012
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
TONS DA ESTAÇÃO (rondel)
TONS DA ESTAÇÃO
Vem chegando a primavera,
o encanto floresce em mim...
Com a magia que se opera
em cada praça ou jardim.
O azul dessa atmosfera
destaca os tons de carmim.
Vem chegando a primavera,
o encanto floresce em mim...
Na estação que regenera,
ouço a voz de um querubim:
"A vida explode em quimera
nas florescências sem fim...
Vem chegando a primavera!"
(Andra Valladares)
06//09/2012
terça-feira, 4 de setembro de 2012
HAICAIS INTERIORANOS
REMEXENDO O BAÚ...
Eu, mamãe e meui tio-avô "Menininho"
HAICAIS INTERIORANOS (02/07/2008)
brisa da manhã,
cheiro de café torrado
na cidadezinha
no final da tarde
o forno à lenha crepita -
broinhas douradas
hora do café,
a senhora - calmamente -
faz gemer o pilão
Lavrador na horta
surpreendido pelo vento -
chapéu voador...
Hora da entrada,
crianças chegando à escola -
pés empoeirados.
Chinelos à porta
o chão de tábuas corridas
parece um espelho
Estrada de terra,
passa um carro de boi
cantando saudades...
Dia de domingo,
o sino da igreja chama -
missa matinal.
No meio da noite
sinos parecem chorar,
más-notícias voam...
Velha mercearia,
pelos buracos da porta
vê-se o abandono.
(Andra Valladares)
Esta coletânea de haicais foi inspirada na infância, época em que passeva com minha família na fazenda do tio "Menininho", meu tio-avô paterno.
** TODOS OS DIREITOS RESERVADOS **
.
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
APENAS UM OITIZEIRO...
APENAS UM OITIZEIRO...
Vila Velha/ES, 03 de agosto de 2011, 17h10min. Estava dentro do carro aguardando a abertura do portão do Colégio Marista para buscar meu filho, quando algo atraiu minha atenção. Próximo à esquina, na calçada de uma casa, um oitizeiro de tamanho modesto parecia um verdadeiro imã de atração para uma espécie de passarinho que, infelizmente, não consegui identificar a espécie. Não eram pardais, pareciam menores e com o rabo mais comprido, contudo, isso é o que menos importa. Relevante é saber a diferença que apenas uma árvore pode fazer...
A passarinhada parecia ter um encontro marcado. O primeiro bando que atraiu minha atenção tinha pelo menos vinte aves. E elas continuaram chegando, às vezes em bandos menores com dez, noutros com cinco ou seis, ou ainda, em trios, pares ou sozinhos. O fato é que não paravam de chegar a cada intervalo de cinco a dez segundos. Permaneci no local por aproximadamente sete minutos, e neste tempo exíguo pelo menos uma centena de aves foi acolhida pelo pequeno oitizeiro.
Observando o remexer das folhas, era claramente perceptível a movimentação do passaredo entre os galhos, cada qual se acomodando em seu lar verde. Talvez por essa espécie de árvore ter folhas pequenas em grande quantidade e essas pequenas aves se sentirem mais protegidas da friagem noturna, tenham escolhido o oitizeito como seu point.
Olhando ao redor, percebi que havia muitas outras árvores, de diversos tipos e tamanhos próximas ao oitizeiro, mas nenhuma delas tinha o mesmo poder de atração. Não para aquela espécie de ave e muito menos na mesma quantidade. Ele era mesmo um encantador de pássaros!
Do outro lado da rua, no quintal de outra casa havia uma bela e frondosa mangueira, mas pelo que pude perceber, poucos pássaros a procuraram como abrigo. Assim como as velhas árvores, repletas de cipós, existentes no estacionamento do Colégio Marista.
Desliguei o rádio para escutar as avezinhas e elas pareciam pessoas chegando em casa e contando as novidades, era um falatório de dar gosto! Todas piando ao mesmo tempo. Algumas aves também pousavam nos fios elétricos próximos à árvore, como se estivessem curtindo os últimos minutos da tarde e aguardando o momento certo para se recolher.
Então, uma ideia trágica invadiu meu pensamento. Imaginei se aquela árvore tivesse sido derrubada ou se nela fosse feita uma "poda" daquele tipo em que só restam os galhos mais grossos sem nenhuma folha e aqueles pequenos pássaros, talvez duas centenas deles, estivessem chegando naquele momento e pousando nos fios elétricos próximos, sem saber o que havia acontecido com seu abrigo.
Assim, também me imaginei voltando para casa com meu filho e ao chegar no local não encontrasse a árvore de concreto que escolhi para me abrigar. Se meu prédio fosse destruído e tanto eu quanto todos os meus vizinhos perdêssemos nossos ninhos e ficássemos todos na rua, sem saber o que fazer ou para onde ir... Como nos sentiríamos tristes, desprotegidos e desorientados!
O problema de grande parte dos seres humanos é pensar que tem mais direito sobre o mundo que as outras espécies que nele habitam. Achar que tem o direito de maltratar outras espécies de animais e plantas, ou tratá-las com desrespeito, como se fossem seres inferiores, indignos de viver.
Contudo essas pessoas incorrem em um ledo engano, pois nós, "pobres seres humano", dependemos diretamente das plantas, insetos, aves e outros animais para sobreviver. O dia que conseguirmos exterminar esses pequenos seres e desequilibrar o planeta ao ponto de não haver mais como voltar atrás, estaremos sim, decretando a morte também dos seres tão superiormente egoístas e estúpidos que somos!
Contudo essas pessoas incorrem em um ledo engano, pois nós, "pobres seres humano", dependemos diretamente das plantas, insetos, aves e outros animais para sobreviver. O dia que conseguirmos exterminar esses pequenos seres e desequilibrar o planeta ao ponto de não haver mais como voltar atrás, estaremos sim, decretando a morte também dos seres tão superiormente egoístas e estúpidos que somos!
Finalmente, gostaria de acrescentar que nesta semana, li no jornal Gazeta Online, que alguns moradores de Ilha dos Ayres, bairro de Vila Velha, ficaram revoltados com a Prefeitura, por ter determinado o corte de cinco das sete árvores que haviam na Pracinha do bairro. Dentre elas, castanheiras e ficus, com a patética alegação de que essas árvores possuem raízes fortes que podem danificar as "calçadas cidadãs" que a Prefeitura fará para revitalizar a pracinha... Esse é o preço do famigerado progresso?
"Que se dane a vida dos "seres inferiores", nosso concreto é mais importante!" (Sentença final)
"Que se dane a vida dos "seres inferiores", nosso concreto é mais importante!" (Sentença final)
http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2011/07/a_gazeta/minuto_a_minuto/916665-cortes-de-arvores-deixa-moradores-revoltados-em-ilha-dos-ayres-vila-velha.html
domingo, 26 de agosto de 2012
O RESTAURANTE DO SACI (conto infantil)
O RESTAURANTE DO SACI
(Gabriel Sarmento e Andra Valladares)
Diz
a lenda que certa vez o Saci abriu um restaurante especial para seus amigos da
floresta.
O
Curupira estava fazendo aniversário e foi ao restaurante do Saci para
comemorar. O Saci serviu para ele uma bela salada de frutas com maçã, banana,
kiwi, uva e mel. Quando o Curupira sentou-se à mesa para comer, outros amigos
que estavam escondidos apareceram e gritaram:
-
Surpresa!
Os
amigos, Caipora, Boitatá, Lobisomem, Mula-sem-cabeça e Iara chegaram cantando, um
“parabéns pra você” diferente do que se canta na cidade. A música de
aniversário deles era assim: “Parabéns pro Curupira, ele cuida da
mata e é da nossa família das lendas brasileiras.”
Depois
de cantar e cumprimentar o Curupira pelo aniversário, todos quiseram comer pois estavam com muita fome.
O Lobisomem
pediu: - Quero um pedaço de carne “beeemmm
grandeeee... Auuuuuuu!"
O
Caipora falou: - Quero banana amassada
com mel.
O
Boitatá pediu: - Um peixe, pode
deixar que eu mesmo o assarei no meu
fogo.
A
Iara falou para o Saci:
- Você vai ter que adivinhar o que eu quero.
Vou dar uma pista... é uma fruta que tem a cor roxa.
O
Saci afirmou: - Já sei... Jabuticaba!
A
Iara disse: - Errou!
Ele falou:
- Beterraba!
Dando uma risada, a Iara disse: - Desde quando beterraba é fruta, Saci?
- Então, só pode ser uva... – falou o Saci.
- Sim, traga para mim! – exclamou a Iara.
A
Mula-sem-cabeça, com sua voz cavernosa, pediu: - Quero unhas e dentes!
O
Saci pensou: “- E agora?”
Então
ele serviu os outros amigos que fizeram pedidos mais fáceis e falou para a Mula-sem-cabeça
que iria providenciar o que ela havia pedido. Feito isso, pegou uma tesoura,
entrou em seu redemoinho e foi direto para o Sítio do Pica-Pau Amarelo.
Chegando
ao Sítio, contou a todos que precisava atender ao pedido da Mula-sem-cabeça e
pediu para cortarem as unhas para levar para ela.
O Pedrinho perguntou: - Mas a Mula-sem-cabeça quer só quer unhas?
O Pedrinho perguntou: - Mas a Mula-sem-cabeça quer só quer unhas?
O Saci disse: - Pior é que não... Ela também
quer dentes! E se ficar com muita fome pode até atacar alguém...
Narizinho, com a cara assustada, falou: - As unhas eu corto mas meus dentes eu não dou não!
Todos ficaram espantados e o Visconde falou: - E agora, o que podemos inventar para acabar com a fome da Mula-sem-cabeça?
A Emília deu um sorriso matreiro e falou: - Tive uma ideia bonecal! Tenho a solução para esse problema e ela está lá na minha canastrinha...
A Emília deu um sorriso matreiro e falou: - Tive uma ideia bonecal! Tenho a solução para esse problema e ela está lá na minha canastrinha...
Falando
isso, partiu correndo para o quarto da Narizinho, pegou sua canastrinha e
voltou às gargalhadas para a sala.
- Aqui estão seus dentes, Saci! – falou a Emília,
retirando de dentro da canastra uma dentadura velha de Dona Benta.
Dona
Benta, meio sem graça, falou : - Mas que boneca
atrevida!... Onde você achou isso, Emília?
- Ah...
Encontrei, por aí... A senhora não ia
querer mesmo essa dentadura velha faltando um dente da frente, né? Diz que não,
por favor... – respondeu a boneca com a cara mais sapeca do mundo.
Dona
Benta, segurando o riso e sabendo da gravidade da situação, rendeu-se ao pedido da Emília, dizendo: - Não Emília... Essa boneca não tem jeito mesmo...
Então
a boneca disse: - Pronto Saci, seu
problema está resolvidíssimo, agora é só arrancar os dentes da dentadura e dar
para a Mula-sem-cabeça, ela nem vai perceber a diferença.
A
Tia Nastácia, fazendo do sinal da cruz, falou baixinho para Dona Benta: - E esse “Coisa Ruim”? O que
será que vai querer comer? Tomara que não passe pela minha cozinha e bagunce tudo...
O
Saci agradeceu a todos, pegou as unhas cortadas, a dentadura, fez uma cara peralta e deu uma risada: - Eheheheh... – sumindo no mesmo instante em
direção à cozinha.
Na
cozinha ele encontrou um bolo de milho apetitoso que a Tia Nastácia havia
acabado de preparar para o café da manhã
do dia seguinte e ainda estava quentinho...
Então, de lá mesmo, o Saci gritou: - Sinhá Nastácia! A cozinha não vou bagunçar mas esse bolo de milho eu
vou levar!... Ehehehe...
Tia
Nastácia foi correndo para a cozinha mas apenas sentiu o ventinho do redemoinho
do saci, ele já havia sumido...
Fazendo
o sinal da cruz, ela disse: – Ah, seu pestinha! Ainda pego sua carapuça
e te coloco na linha...
Então
o Saci voltou para seu restaurante e entregou para a Mula-sem-cabeça as unhas e
os dentes da dentadura. Ela comeu e perguntou: - Onde você conseguiu esses dentes, Saci?
Ele
disse que era segredo e não podia contar. E perguntou: - Por que você não gostou?
Ela
disse: - Se gostei? Eu adorei e virei
sempre ao seu restaurante para comer mais...
O
Saci deu um sorriso amarelo e falou: -
Que bom! Eheheh...
Depois
disso, perguntou aos outros amigos se haviam gostado de seus pratos e todos
elogiaram a comida.
Então
disse o Saci: - Agora que estão todos
satisfeitos, quem vai comer sou eu... E vai ser esse espetacular bolo de milho
feito pela maior quituteira de todas as histórias... hum!...
Os
amigos falaram em coro: - Sobremesa?
Também queroooo!
O
Saci segurou o bolo de milho, arregalou os olhos e rapidamente finalizou o
assunto: - Epa! Está na hora de vazar...
Restaurante fechado, não vai mais funcionar !!!... Eheheh...
E desapareceu
no vento...
FIM
** TODOS OS DIREITOS RESERVADOS **
- Estou muito feliz com esse novo parceiro que consegui para me ajudar na criação de histórias. Esse importante parceiro é ninguém menos que meu filho Gabriel com toda a sabedoria, inventividade e ingenuidade de seus cinco anos de idade. Ele adora os mitos e lendas do Brasil, já li vários livros para ele sobre o assunto. Ele começou a criar essa história e eu fui escrevendo, quando se cansou comecei a inventar e ele também me ajudou dando seus pitacos.
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
MENINICE (poema infantil)
Para crianças de 1 a 99 aninhos...
Escrevi esse poema em 2004 e recentemente ele foi musicado por mim e por meu parceiro Barbosa Lima. Ontem a música MENINICE entrou para o repertório do grupo lítero-musical VOZES DA VILA e também fará parte de um projeto infantil que estou montando.
** TODOS OS DIREITOS RESERVADOS **
quinta-feira, 26 de julho de 2012
ESTRELA (acróstico)
Era uma estrela tão alta,
Silenciosa e discreta,
Traduzindo ao poeta
Resquícios e sua dor.
Era uma estrela tão fria...
Lânguida luz a acenar
A esperança ao fim do dia.
(Andra Valladares - 2009)
O acróstico acima é uma releitura do poema A ESTRELA de Manuel Bandeira:
A Estrela
Vi uma estrela tão alta,
Vi uma estrela tão fria!
Vi uma estrela luzindo
Na minha vida vazia.
Era uma estrela tão alta!
Era uma estrela tão fria!
Era uma estrela sozinha
Luzindo no fim do dia.
Por que da sua distância
Para a minha companhia
Não baixava aquela estrela?
Por que tão alto luzia?
E ouvi-a na sombra funda
Responder que assim fazia
Para dar uma esperança
Mais triste ao fim do meu dia.
Silenciosa e discreta,
Traduzindo ao poeta
Resquícios e sua dor.
Era uma estrela tão fria...
Lânguida luz a acenar
A esperança ao fim do dia.
(Andra Valladares - 2009)
O acróstico acima é uma releitura do poema A ESTRELA de Manuel Bandeira:
A Estrela
Vi uma estrela tão alta,
Vi uma estrela tão fria!
Vi uma estrela luzindo
Na minha vida vazia.
Era uma estrela tão alta!
Era uma estrela tão fria!
Era uma estrela sozinha
Luzindo no fim do dia.
Por que da sua distância
Para a minha companhia
Não baixava aquela estrela?
Por que tão alto luzia?
E ouvi-a na sombra funda
Responder que assim fazia
Para dar uma esperança
Mais triste ao fim do meu dia.
quarta-feira, 18 de julho de 2012
sexta-feira, 13 de julho de 2012
O PIRATA (poesia infantil)
ILUSTRAÇÃO: GABI ANDRADE
O PIRATA
O pirata matreiro
com espada de pau,
chapéu de caveira
e cara de mau,
faz muita marola...
Diz que quer tesouro
com prata e ouro
e enfrenta o mar bravio
com seu navio sombrio.
Mas não me engana não!
Esse tal pirata
nada tem de mau,
ele gosta mesmo
é de um bom prato
de mingau.
(Andra Valladares)
- TODOS OS DIREITOS RESERVADOS -
SEGUE ABAIXO O LINK DO POEMA MUSICADO NO YOUTUBE:
SEGUE ABAIXO O LINK DO POEMA MUSICADO NO YOUTUBE:
http://www.youtube.com/watch?v=pUeR2SMka9s
terça-feira, 12 de junho de 2012
O Amor
O Amor
O amor não tem idade, cor ou credo,
ideologia ou nível sócio-educacional.
O amor não tem lógica,
nem razão de tempo ou espaço;
mas tem suas razões misteriosas
para florescer na aridez do deserto,
no topo congelado da montanha,
ou no vale mais profundo...
O amor nos faz humanos e um pouco divinos...
Ah... o amor, o amor verdadeiro,
é a única chave capaz
de abrir nossa alma
e deixar a paz entrar...
(Andra Valladares)
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