terça-feira, 7 de setembro de 2010

A Concha



A Concha

Seu cálido olhar me embriaga
de sonhos inconfessáveis...
Quisera ser como a concha,
perdida à beira do mar,

que se deixa, sem rumo, levar
pelas ondas imperfeitas...
E mesmo depois de esquecida
em longínqua praia deserta,

guardar suave lembrança
de sua voz, dentro de mim,
num murmúrio, a confessar:

Não há mistério no amor,
somente a triste verdade:
sua sina é a saudade...


(Andra Valladares - 22/08/2004)

Nenhum comentário:

Postar um comentário