Cada vez
mais, constato como nós - os seres humanos - não somos nada
sem a natureza. Ela nos dá o alimento, o equilíbrio do planeta e supre
todas as nossas necessidades. Enfim, nos dá a vida. Além de todas essas dádivas
vitais, observando a natureza, podemos nos inspirar, produzir arte
e tirar grandes ensinamentos filosóficos. Assim surgiu a ideia de escrever
esse texto.
Imagine uma semente germinando... Qual é a primeira
coisa que aparece? A raiz. Depois vem um broto, o início do tronco em
busca da luz do sol e apenas após esse pequenino tronco conseguir
atravessar a camada de terra na qual a semente está acolhida, é que surgem as
primeiras folhas.
Após essa jornada a pequena planta vai crescendo e somente depois
de algum tempo podemos reconhecer o que ela é, qual é sua espécie, então ela se
desenvolverá... Se for uma árvore, seu tronco irá engrossar e ela criará
galhos, ramos e folhas. Quanto
maior a árvore, mais consistentes deverão ser o tronco e os galhos, para
que estejam aptos a sustentar os ramos, as folhas e, finalmente, depois da
floração, os frutos.
Deste exemplo também podemos tirar os seguintes conceitos: as
florações e os frutos são sazonais, ou seja, apesar de sua importância, eles
nem sempre ocorrem. Nem por isso a árvore deixará de ser uma árvore.
Prosseguindo na mesma linha de raciocínio, as folhas são
necessárias para a respiração e a fotossíntese. Contudo, para a
árvore elas são importantes mas não vitais. A árvore pode ser podada, perder
quase todas as suas folhas e mesmo assim continuará viva!
Algumas ficam completamente nuas durante o inverno... Como elas
respiram? Não sei explicar, não sou especialista em botânica, mas o
importante nisso tudo é que, mesmo sem folhas elas sobrevivem e na
primeira oportunidade geram novas folhas.
Pois bem, isso é o que enxergamos "de fora", pois
vivemos sobre o solo e não abaixo dele. Mas aí vem a grande questão: está
faltando mencionar algo sobre essa árvore imaginária. Quem a
alimenta? Quem a mantém de pé? Aquilo que vimos lá no início da germinação...
Sim, a raiz! Como a raiz deve estar para sustentar uma árvore já adulta e em
plena capacidade de se regenerar
e frutificar? Certamente desenvolvida, capaz de lhe dar o
sustento e o equilíbrio, caso contrário, a árvore ressecará e não
permanecerá de pé. Portanto, a raiz é a primeira coisa que
evolui em uma árvore e não pode deixar de se expandir e se aprofundar, caso
contrário, ou a planta morre, ou não cresce, e se ela crescer não
resistirá à primeira lufada de vento...
Agora, sucintamente, tomando como base tudo o que foi dito antes,
olhemos o ser humano dentro da sociedade, utilizando como
parâmetro que esta sociedade em que ele está inserido é a
árvore. Concluímos que o ser humano (o povo) é a semente. Essa semente
ao evoluir cria usos e costumes, formas de comunicação (escrita e
falada), arte, etc., ou seja: sua CULTURA (RAIZ). O conjunto
de ensinamentos culturais torna-se a EDUCAÇÃO, sua base (TRONCO).
Depois de culturalmente evoluído e com uma educação consistente, esse povo
passa a ter consciência de sua função na sociedade e conquista a CIDADANIA (GALHOS
e FOLHAS). Apenas na sociedade constituída com cidadania plena
pode haver uma floração que gere o FRUTO da DEMOCRACIA.
Em suma, da natureza podemos extrair o seguinte ensinamento:
Sem cidadania não há democracia;
sem educação não há cidadania;
sem CULTURA não há educação.
Eis a lógica social natural!
A
inclusão cultural é vital para a construção de uma sociedade
evoluída e para a manutenção da democracia.
Pense nisso!
(Andra Valladares)
Andra,que texto inteligente e bem escrito!Uma comparação muito lógica entre a natureza e nós,seres humanos!Adorei a analogia!Bjs,
ResponderExcluirMuito bem escrito.
ResponderExcluirAdorei passar por aqui e conhecer suas páginas e sua forma de escrever o mundo.
Abraços
Querida Andra.
ResponderExcluirAdorei o texto e a crítica. A maneira suave com que explanas a questão cultural é apenas uma forma lírica de ativar a bomba que explode em questionamentos relevantes.
Parabéns, belos dizeres!
Grande beijo.
Magnífico!
ResponderExcluirBela analogia. Parabéns. José de Castro.
ResponderExcluirhttp://twitter.com/josedecastro9