A PRIMEIRA FLOR DA PRIMAVERA
Ah... A primavera... Das estações a mais bela!
E a Deusa Vênus, inspirada, coloriu todo o jardim!...
E a Deusa Vênus, inspirada, coloriu todo o jardim!...
Uma flor
especial brotou.
Seu botão aveludado
exibia aroma, tons,
da vida tão casta e rara
que aos poucos desabrochava...
Pétalas róseas, delicadas,
que lentamente se abriam;
destacavam um centro vívido
de um carmim encantador,
pulsando... No âmago da flor.
Quanta magia e esplendor!
Por grata surpresa, a flor,
mostrou-se por mim cativa.
Sem motivos, sem pudor,
bem diante dos meus olhos,
poeticamente, desabrochou!
E eu, tão incrédulo estava,
que mantive-me inerte,
enquanto a observava...
E vieram as abelhas
em busca do seu néctar...
E vieram as borboletas,
encantar os olhos da flor.
E vieram os colibris
beijar-lhe os lábios carmim...
Ela, altiva e serena, tudo aquilo suportava...
E enfim, quando a saudade apertava,
voltava-se para mim...
Com um olhar terno, encantador,
e um colorido sorriso de flor.
Sem tocá-la, sem regá-la.
Sem protegê-la do sol,
ou retirar as lagartas
que em seu caule subiam.
Fiquei ao seu lado, pensando...
Qual seria o melhor momento
para cuidar daquela flor?
Tão bela e independente,
tão completa e desejada,
parecida não precisar
ser cuidada por ninguém.
Ela mesma se bastava...
Era uma flor sem igual!
Seria uma flor imortal?
Assim, passaram-se os meses...
A flor, ainda tão bela,
suportava o sol, a chuva,
e o assédio que atraía...
E eu, da minha janela,
às vezes lhe acenava,
às vezes lhe sorria.
Até que um dia, de repente,
não mais enxerguei a flor.
Ao adentrar no jardim,
não senti o seu aroma,
não vi o seu intenso brilho,
em tons rosa e carmim...
Quando cheguei ao canteiro,
vi a flor, ali, caída...
Murcha, pálida, desvalida,
sem suas cores vibrantes.
Era um espectro de flor,
um corpo inerte, sem vida...
Com o coração aos pedaços,
ajoelhei-me ao seu lado.
Reguei-a com minhas lágrimas
Seu botão aveludado
exibia aroma, tons,
da vida tão casta e rara
que aos poucos desabrochava...
Pétalas róseas, delicadas,
que lentamente se abriam;
destacavam um centro vívido
de um carmim encantador,
pulsando... No âmago da flor.
Quanta magia e esplendor!
Por grata surpresa, a flor,
mostrou-se por mim cativa.
Sem motivos, sem pudor,
bem diante dos meus olhos,
poeticamente, desabrochou!
E eu, tão incrédulo estava,
que mantive-me inerte,
enquanto a observava...
E vieram as abelhas
em busca do seu néctar...
E vieram as borboletas,
encantar os olhos da flor.
E vieram os colibris
beijar-lhe os lábios carmim...
Ela, altiva e serena, tudo aquilo suportava...
E enfim, quando a saudade apertava,
voltava-se para mim...
Com um olhar terno, encantador,
e um colorido sorriso de flor.
Sem tocá-la, sem regá-la.
Sem protegê-la do sol,
ou retirar as lagartas
que em seu caule subiam.
Fiquei ao seu lado, pensando...
Qual seria o melhor momento
para cuidar daquela flor?
Tão bela e independente,
tão completa e desejada,
parecida não precisar
ser cuidada por ninguém.
Ela mesma se bastava...
Era uma flor sem igual!
Seria uma flor imortal?
Assim, passaram-se os meses...
A flor, ainda tão bela,
suportava o sol, a chuva,
e o assédio que atraía...
E eu, da minha janela,
às vezes lhe acenava,
às vezes lhe sorria.
Até que um dia, de repente,
não mais enxerguei a flor.
Ao adentrar no jardim,
não senti o seu aroma,
não vi o seu intenso brilho,
em tons rosa e carmim...
Quando cheguei ao canteiro,
vi a flor, ali, caída...
Murcha, pálida, desvalida,
sem suas cores vibrantes.
Era um espectro de flor,
um corpo inerte, sem vida...
Com o coração aos pedaços,
ajoelhei-me ao seu lado.
Reguei-a com minhas lágrimas
e a confortei nos
meus braços...
Supliquei, em tom incontido:
“Não se vá! Diga-me o seu nome, flor...”
Abrindo os olhos opacos,
num fio de voz e em torpor,
ela respondeu, partindo...
“Eu me chamava Amor...”
Supliquei, em tom incontido:
“Não se vá! Diga-me o seu nome, flor...”
Abrindo os olhos opacos,
num fio de voz e em torpor,
ela respondeu, partindo...
“Eu me chamava Amor...”
(Andra Valladares)
04/10/2014
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