SIGNOS
Você me
disse que era fogo
e que em
ti, tudo ardia...
Suas chamas
aumentavam
no embalo
da noite fria.
Mas
querido, eu sou do ar...
Ora corro
em demasia,
ora sou
brisa, poesia,
ou posso
tudo arrasar...
Ah... O ar
é imune à chama.
Mas o
contrário, meu bem,
é onde tudo
funciona.
Pois o ar,
o fogo inflama...
Com um bom
sopro, ele atiça.
Se for
bastante, incendeia.
Se o ar
acaba, do fogo,
não resta
sequer a brasa!
Traz seu
fogo! Que lhe dou o ar!
Na medida
exata, para que arda e sinta...
Meus beijos
de brisa, acendendo a chama.
Minhas mãos
de vento, atiçando o fogo.
E o meu
furacão, em mil fagulhas,
Desfazendo-te...
Arrancando-te do chão.
E te arrastando
ao Paraíso
sublime e
ardente da paixão.
Andra Valladares
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