segunda-feira, 4 de abril de 2016

SIGNOS

SIGNOS


Você me disse que era fogo
e que em ti, tudo ardia...
Suas chamas aumentavam
no embalo da noite fria.

Mas querido, eu sou do ar...
Ora corro em demasia,
ora sou brisa, poesia,
ou posso tudo arrasar...

Ah... O ar é imune à chama.
Mas o contrário, meu bem,
é onde tudo funciona.
Pois o ar, o fogo inflama...

Com um bom sopro, ele atiça.
Se for bastante, incendeia.
Se o ar acaba, do fogo,
não resta sequer a brasa!

Traz seu fogo! Que lhe dou o ar!
Na medida exata, para que arda e sinta...
Meus beijos de brisa, acendendo a chama.
Minhas mãos de vento, atiçando o fogo.

E o meu furacão, em mil fagulhas,
Desfazendo-te... Arrancando-te do chão.
E te arrastando ao Paraíso
sublime e ardente da paixão.



Andra Valladares

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