quarta-feira, 9 de março de 2016

A FÊMEA QUE ME HABITA



A FÊMEA QUE ME HABITA



Talvez possa vir como a brisa...

Ou, quem sabe, um furacão?

Num dia, desabrochar flor.

Noutro, bala de canhão.



Com garras e dentes de onça,

disfarçada de gatinha.

Empodero-me mulherão,

e às vezes, basta-me a mulherzinha.



Se a Grande Mãe me habita

com útero e seios de luz.

Sua sombra insana transmuta-me

em devoradora, à contraluz.



Tão inconstante e sensível,

rimando até amor com dor.

Sou mulher, mistério indizível.

Um ser místico, mítico, incrível,

de inestimável valor.




Andra Valladares
08/03/2016


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