A FÊMEA QUE ME HABITA
Talvez possa vir como a brisa...
Ou, quem sabe, um furacão?
Num dia, desabrochar flor.
Noutro, bala de canhão.
Com garras e dentes de onça,
disfarçada de gatinha.
Empodero-me mulherão,
e às vezes, basta-me a mulherzinha.
Se a Grande Mãe me habita
com útero e seios de luz.
Sua sombra insana transmuta-me
em devoradora, à contraluz.
Tão inconstante e sensível,
rimando até amor com dor.
Sou mulher, mistério indizível.
Um ser místico, mítico, incrível,
de inestimável valor.
Andra Valladares
08/03/2016
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